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O Antigo Testamento… Histórias de pão, azeite e vinho! A Bíblia está recheada de histórias de refeições e banquetes, mencionando manjares exuberantes. No entanto, os redatores não detalharam receitas, deixando de fora informações sobre a preparação dos pratos e sabores da época. No centro do estilo de vida cristão e judaico, marcado pelas culturas do Oriente, encontramos duas refeições principais: o almoço, realizado ao meio-dia como um encontro familiar, e o jantar, muitas vezes chamado de refeição do pôr-do-sol, reservado para receber convidados. Embora existam muitas referências a ossos, elas aparecem mais como símbolos de um destino fatal. Já os restos de cozinha e plantas indicam que a base da alimentação era formada por pão, azeite e vinho. Azeite, pão e vinho no Antigo Testamento No Antigo Testamento, azeite, pão e vinho não eram apenas alimentos, mas elementos profundamente simbólicos e espirituais. Estavam presentes no cotidiano do povo hebreu e nas práticas religiosas, representando sustento, comunhão e bênção. O AZEITE O azeite era essencial na vida e na religião de Israel. Era usado para:
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Cozinhar e iluminar (como nas lâmpadas do tabernáculo).
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Consagração: simbolizando a presença e unção divina.
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Cuidado corporal, funcionando como creme hidratante.
Reis, sacerdotes e profetas eram ungidos com azeite como sinal da escolha e capacitação de Deus (1 Samuel 10:1; Êxodo 29:7). O azeite também aparecia nas ofertas de cereais (Levítico 2:1) e simbolizava alegria e fartura (Salmos 104:15). O PÃO O pão era o alimento básico e cotidiano. O "pão nosso de cada dia" tem raízes na tradição hebraica, como o maná no deserto (Êxodo 16), uma provisão direta de Deus.
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Era oferecido no tabernáculo (Levítico 24:5-9).
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Representava vida e aliança.
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Servido em todas as refeições, sua farinha era moída manualmente no momento da cozedura.
Nas casas mais abastadas, a moagem era feita por escravas. O forno, com mais de 3.000 anos de tradição, ainda é construído da mesma forma: um vulcão de barro, com fogo de lume brando e um buraco de ventilação no topo. O pão sírio era atirado contra a parede interna do forno e, quando assado, caía sobre as cinzas. Após uma leve limpeza, o pão era partido em pedaços e demolhado em pastas de lentilhas, grão ou feijão, temperadas com azeite, vinagre, sal e ervas. Curiosidade: Até o século IX não se usavam talheres ou utensílios na cozinha! O VINHO O vinho simbolizava alegria, celebração e bênção, presente nas:
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Festas e rituais (Êxodo 29:40).
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Colheitas, indicativas de prosperidade e abundância (Deuteronômio 7:13).
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Mas seu uso desmedido era condenado e associado à decadência espiritual (Provérbios 20:1).
Azeite, pão e vinho formam uma tríade presente nas Escrituras, simbolizando a bondade divina (Jeremias 31:12; Joel 2:19). No Novo Testamento, essas imagens são retomadas em Cristo, que se apresenta como o Pão da Vida, e cujo sangue é representado pelo vinho na ceia. Assim, no Antigo Testamento, esses alimentos não eram apenas itens de uma dieta, mas narrativas carregadas de sentido espiritual, cultural e teológico, refletindo a fidelidade de Deus e a esperança de comunhão restaurada. E a carne? A carne era reservada para eventos especiais, como:
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Peregrinações.
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Refeições de gratidão aos deuses.
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Visitas importantes.
Curiosamente, eram os próprios visitantes que matavam os animais da refeição! Le chef (MyFoodStreet 2019-visita a página)