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 OFioDaNavalha”

crónicas distantes, sem tempo, sem nexo, para usares e abusares... copia, altera, faz tuas as minhas palavras...

O Silêncio das Perguntas

Vão ficando por aí, coladas às paredes gastas do quotidiano, cravadas nos corredores da memória ou sussurradas nos bancos de jardim, as perguntas que nunca chegámos a fazer. E as respostas? Dessas, às vezes já nem sabemos se nasceram de alguma pergunta ou se brotaram sozinhas, como ervas que crescem entre as rachas da calçada.

As perguntas… ah, as perguntas! Tantas, feitas de “porquês”, de “e se?”, de “para quê?”. Umas surgiram nas madrugadas de insónia, outras no meio de um café morno a meio da tarde. Mas todas, ou quase todas, acabaram por ser engolidas pelo ruído do mundo, pela pressa dos dias que não querem saber, que não param para ouvir.

Vivemos numa época em que perguntar é, por vezes, um acto de ousadia. Como se o simples levantar de uma dúvida incomodasse a ordem imposta das certezas instantâneas. E assim as perguntas vão-se apagando, arquivadas nos calendários, nos rodapés das tipografias, nos discursos cuidadosamente construídos para evitar o incómodo de um pensamento em voz alta.

E as respostas? Essas, curiosamente, surgem mesmo quando ninguém perguntou nada. Aparecem como sentenças, como verdades absolutas servidas em bandejas digitais, repetidas em eco até se tornarem lei. Respostas para tudo e para nada. Respostas sem contexto, sem história, sem alma. Como se o mundo quisesse apenas soluções rápidas, mesmo que os problemas nunca tivessem sido verdadeiramente entendidos.

A realidade de hoje tem horror ao “porquê”. Prefere o “segue em frente”, o “aceita”, o “não penses muito nisso”. É uma realidade que avança sem pedir licença, sem se justificar. E quem se atreve a questionar, arrisca-se a ficar para trás, catalogado como sonhador, inquieto, talvez até perigoso.

Mas, ainda assim, há perguntas que resistem. Pequenas, discretas, mas persistentes. Moram nos olhos de uma criança que olha o céu, no caderno de alguém que escreve em segredo, no silêncio cúmplice de dois amigos que já não precisam de falar.

Porque o universo das perguntas e respostas não se extingue. Apenas muda de pele, de forma, de voz. Está no entrelinhar de um poema, no instante antes de uma lágrima cair, na hesitação de um gesto. É aí que mora a beleza: no espaço entre a pergunta que não se fez e a resposta que talvez nunca venha.

E, talvez, seja nesse intervalo que se esconde a nossa humanidade.
by pedro de melo
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by pedro de melo, aquele a quem, em 2020, roubaram o mar...

 

 
 

 

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