Sobre medos no caminho...
É um sentimento estranho de uma angústia que todos conhecemos, que nos limita as ações e decisões, o medo ata-nos as mãos em momentos chave e deixa-nos as pernas a tremer noutros mais fortes ainda; bloqueia até a voz calando gritos que deveriam sair.
Inseguros com as pessoas à nossa volta que propositadamente nos metem medo, incutindo uma insegurança premeditada, ficamos perplexos sem saber como reagir. Quem te mete medo… conhece-te e sabe como te intimidar; mas também há quem goste de viver com ele de forma egoísta… certamente chamando uma mão protetora… tantas histórias por aí…
As pessoas que metem medo são cinicos, arrogantes, ignorantes, fracas de sentimentos… opressoras mesmo, nenhuma pessoa de bem mete medo… mas há vidas feitas de medos.
Por medo do que se possa pensar não partilhamos os nossos sentimentos com ninguém, calados engolimos as mágoas e as dores; e num teatro de encenação fácil, vamos escondendo por tempo interminável, os medos que nos ocupam a alma.
Calar-se por medo… não fazer por medo… não ir por medo… a palavra “não” é também a confirmação das limitações provocadas pelo medo… que não te deixa fazer… não deixa acontecer… nem um olhar à tua volta é conseguido sem medo!
Propositadamente a abusar da palavra “MEDO” nesta reflexão, marcando o sinal da presença abusiva da mesma na nossa vida; veja-se a história do soldado sem medo, porquê sem medo, quando um soldado nunca se assusta; deve defender os oprimidos.
A opressão é usada para causar medo, a submissão fruto do mesmo.
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