Só se perde algo que, ou possuímos ou que trazemos connosco… impossível perder tempo se não há tempo a perder.
As lutas diárias mostram-nos como é fácil e às vezes até apetecível perder tempo… fugindo do confronto da realidade urbana e profana que nos marca é um instante e lá estamos a perder o tal dito famoso… tempo.
Perder-se em desvios mesquinhos que encobrem os dias e outras lutas, sem ser pecado julgado, é uma constante no dia-a-dia; as lutas que nos ocupam obrigam-nos também a soltar as amarras de outros compromissos e fugir de tudo… até do tempo.
Perder-se com coisas, histórias e sonhos daqueles só atingíveis por outros, não sei porquê, é também o tempo que se vai… e depois faz falta para outras lutas mais ligeiras e apetecíveis até; e mesmo que a vida tenha sido uma perca de tempo… será hipocrisia ficar a lamentar essa derrota.
As escolhas foram feitas no momento sem grande possibilidade de escolha ou de uma comparação distante mas e se dessas perdas e desvios ficar algo que nos forme ou no mínimo dê alento para outras lutas, valeu a pena a história da fuga, mas se pelo contrário não aprendemos nada… então é melhor ficarmos onde estamos… e perdidos na espera imaginar como seria se tivéssemos mais tempo.
Facto é… os anos passam, as histórias e momentos de repetidas ocupam o tempo e logo os dias também… e nem fica tempo para gozar com o tempo; sabendo de antemão que somos donos do nosso tempo… e cabe-nos a nós de aproveitar dele e com ele…
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