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A Sociedade Perdeu o Pio… Silêncio que grita Olhar em redor, com olhos que realmente veem, tornou-se hoje um ato de dor para a alma. A sociedade silenciou-se — não por paz, mas por exaustão. Já nem se compara com o rebuliço dos tempos passados, com os dias cheios de pressa, ruído e movimento. Tudo mudou. E não se sabe ainda ao certo para onde. Houve um tempo, não muito distante, em que o excesso do ritmo diário era motivo de queixa. Sonhava-se com uma vida mais calma, desejava-se desacelerar, fugir da correria citadina, trocar o betão pela terra batida de uma aldeia esquecida… pacífica, lenta, redentora. Quando a pausa se tornou prisão Mas o que era desejo… tornou-se prisão. E a escolha deu lugar à imposição. O que antes parecia uma decisão ousada — sair do emprego, mudar de vida, recomeçar — passou a ser, para muitos, a única realidade possível: desemprego forçado, sonhos congelados, vidas adiadas. Hoje, grita-se por um trabalho. Procura-se estabilidade como quem procura abrigo numa tempestade sem fim. E por trás de tantas janelas fechadas, há dores invisíveis que ninguém vê, há silêncios pesados, há estradas marcadas por partidas sem regresso, e por esperanças que já nem sabem se ainda vivem. Um ano inteiro — ou mais — simplesmente desapareceu. Não se viveu. Sobreviveu-se. O poder travestido de cuidado Neste tempo estranho, viu-se também a verdadeira face de quem detinha o poder. A máscara do cuidado escondeu o rosto do controlo. Governos democráticos tornaram-se autoritários. Regras duras chegaram com discursos doces. O medo foi o argumento. A saúde pública, a desculpa perfeita. E em nome da proteção, perdeu-se liberdade. E em nome da segurança, impôs-se obediência. Os mesmos que prometiam proximidade tornaram-se distantes. As nações ergueram muros — visíveis e invisíveis — e disseram: primeiro nós. Os outros? Que se aguentem. A cooperação internacional, tão falada em discursos e tratados, desmoronou-se ao primeiro abalo real. Ficou clara a fragilidade de um sistema que, afinal, nunca foi tão sólido como se dizia. A desilusão que mora no coração colectivo Perder a fé nas instituições custa. Mas foi o que aconteceu. Décadas de confiança construídas com promessas e ideais ruíram em poucos meses. Quando tudo apertou, cada um olhou para o seu lado, cada país para o seu povo, cada líder para os seus próprios números. E quem ficou no meio disso tudo? As pessoas comuns. Aqueles que saíam todos os dias para trabalhar. Os que sonhavam com uma vida melhor. Os que já tinham tão pouco e mesmo assim sorriram… até que a esperança também lhes fugiu. Os anjos invisíveis que ficaram Mas nem tudo foi vazio. Houve luz. Pequena, mas poderosa. Anjos silenciosos caminharam entre nós. Não os de asas brancas, mas os de bata, os de farda, os de mãos calejadas. Gente comum com uma coragem fora do comum. Aqueles que continuaram a abrir portas, a levantar vozes baixas, a manter vivos os que já tinham desistido de esperar. São eles que ficam. São eles que inspiram. E é por eles — e por nós — que talvez seja tempo de parar… e repensar. Repensar: o verbo mais urgente A sociedade calou-se. Mas o silêncio é apenas um intervalo. E esse intervalo pode ser fértil. Talvez seja tempo de reaprender a escutar. A valorizar o que sempre esteve perto e foi ignorado. A redefinir o que é sucesso. A perceber que o “normal” antigo já não serve. E que não se trata de voltar atrás… mas de avançar com mais consciência. Afinal, o verdadeiro progresso não é tecnológico — é humano. Conclusão: E agora, que sociedade queremos ser? A sociedade perdeu o pio… mas ainda tem voz. Uma voz que pode voltar. Mais serena. Mais sábia. Mais solidária. Cabe a cada um de nós decidir o que fazer com esta pausa. Com este silêncio forçado. Com esta cicatriz colectiva. Podemos fingir que nada aconteceu. Ou podemos escutar o que o silêncio nos tentou dizer. Porque há dores que, quando bem escutadas, transformam-se em caminhos. E há silêncios que, se respeitados, regeneram o mundo. |
by pedro de melo |
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