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De Esperas e Outras Horas Vazias

Entre a rotina e o vazio

Gestos pequenos, quase invisíveis, mas profundamente significativos. São essas ações escondidas que, por vezes, poderiam mudar tudo nas horas que não passam. Queima-se o tempo como lenha — um calor necessário dentro das quatro paredes da vida. Mas esse calor não aquece o corpo. Tenta apenas aconchegar a alma.

Amanhã será mais um dia. Mais um momento onde estar sentado já não basta. Uma vez faz-se... duas seria demais. Já estava decidido: o dia seguinte será de liberdade recuperada. Uma pausa no ciclo. Uma trégua. Entre a rotina e o vazio.


Quando o tempo não é de espera

É melhor quando o tempo não se arrasta em silêncio. Sem olhares furtivos aos relógios. Sem a frustração que ecoa nos espaços onde esperávamos sinais. Sem ansiedade a consumir cada minuto.

Assim, os dias podem passar sem ardor, sem dor, Sem expectativas disfarçadas de esperança que teimam em sobreviver quando já deviam ter desistido.


O labirinto da vida

Mas que são essas horas vazias senão batalhas que não levam a lado nenhum? Corremos. Lutamos. Esforçamo-nos. E os caminhos... são circulares. Como se estivéssemos presos num labirinto desenhado por mãos cansadas.

As agendas enchem-se. Folhas marcadas a esferográfica azul e preta. Planos, horários, metas — tudo ali. E no fim... Acabam rasgadas. No lixo. Sem terem cumprido o seu propósito.


As lutas que nos movem

Depois há aquelas lutas fantásticas. As que nos fazem acreditar com a força de um sonho. Imaginamos chegar ao fim do mundo — ou, pelo menos, a algum lugar melhor.

Mas quase todas se perdem pelo caminho. Por falta de força. Por ausência de companhia. Ou simplesmente porque não sabemos o que fazer.

E, às vezes... Não somos capazes.

Mais horas vazias acumuladas. Guardadas na mala do tempo perdido, junto dos fantasmas dos nossos fracassos, dos projetos adiados, das palavras que nunca dissemos, dos gestos que nunca fizemos.


Quando só resta o silêncio

Mesmo os esforços se tornam perdas. Porque no fim... Quem fica? O vazio.

Mas há algo nesse silêncio. Algo nesse tempo suspenso — entre o antes e o depois. Encontra-se uma paz.

Ténue. Rara. Talvez ilusória. Mas absolutamente necessária. E é nesse instante... Que a besta adormecida desperta.

Inspirada pela noite. Recheia a alma. Transborda sem controlo. É quando se escreve. É quando se cria. É quando se sente.


Reencontros e saudade

O que fica? Um coração cheio. Cheio da memória de um reencontro — mesmo que breve, mesmo que raro. Cheio da saudade, que chega sempre com força. Cheio das imagens que desfilam como um filme antigo.

Rostos, cenas, esboços de momentos que não aconteceram... mas podiam ter acontecido.

E surge a pergunta: Como foi possível tanta luta, tanto acreditar?

Olhas ao teu redor. Apenas a parede branca. Lisa. Monótona. Sem quadros. Sem estímulos.

O olhar fica perdido. Procura um sentido. Uma distração que valha a pena. Um quadro que preencha as horas vazias.


A mala do tempo perdido

Será que esse quadro está guardado na mala do tempo perdido?

Talvez sim. Entre derrotas, dores, silêncios... Pode viver ali um pedaço de beleza esquecida.

Um esboço sem moldura. Uma pintura inacabada. Uma memória ainda por transformar em arte.

Talvez ainda haja tempo. Não para voltar atrás, Mas para olhar o que vivemos com outros olhos.


Mesmo o vazio ensina

Porque até as horas vazias têm valor. Porque mesmo o vazio é lição. Porque, às vezes, a espera é o único caminho para o reencontro.

Com o outro. Contigo. Com a vida que puseste em pausa.

E então... O tempo já não arde só para queimar. Arde para iluminar.
 


by pedro de melo

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