A culpa...
O significado de culpa, associado ao pecado, de algo previamente considerado como errado e maldoso, é uma criação bíblica e machista que quando não descoberta deve ser confessada.
Quem é culpado, se for apanhado é condenado e paga por isso, na bíblia não escapa ninguém…, mas o livro sagrado vai mais longe e carrega-nos de sentimentos de culpa, porque mesmo quem não for condenado publicamente, tem que viver com a má consciência de algo errado nos atos que praticou, fez ou disse.
Se a tal consciência for mais forte a confissão é obrigatória e aí não escapa nada, de joelhos, uma posição submissa diz-se tudo o que se fez e não se fez, alimentam-se fantasias de quem ouve, porque é melhor falar demais do que omitir algo da lista preparada em retiro de reflexão.
Sentir-se culpado de algo é doloroso e pesado, carregar uma sensação de errado e falhanço, torna o dia-a-dia mais difícil e apertado; e isto tudo só porque alguém nos disse um dia que a diferença entre a culpa e o perdão quase não existe. A nossa culpa é assumida no momento, mas o perdão vem de um Deus num dia qualquer…, há algo de errado neste cenário.
Uma existência, um viver responsável é assumir a nossa fraqueza, os nossos erros em momentos ou numa vida, mas sempre com olhos de ver e admitir o que poderia ser feito melhor… e se à nossa frente alguém atento nos der ouvidos… um pedido sincero de perdão é mais forte que todas as confissões…
A culpa não existe… Deus me perdoe…
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