Uber: Aventura ou Tentativa de Rapto com Ar Condicionado? Introdução Antigamente, entrar num carro desconhecido era coisa de filme de terror. Hoje, chama-se Uber. Basta um clique e lá vem ele: um Toyota Prius com cheiro a ambientador de pinho e um condutor que parece saído de um casting para vilão secundário de novela turca. Em Portugal, a experiência Uber tem evoluído de “transporte cómodo” para “escape room sobre rodas”. O Condutor: Entre o GPS e o Instinto Assassino O típico condutor da Uber em Portugal tem três características fundamentais:
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Não sabe onde fica nada, mas insiste em ignorar o GPS.
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Fala pouco, mas quando fala, é para contar que já foi segurança em discotecas de Albufeira.
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Tem uma playlist que mistura kizomba, techno e um podcast sobre criptomoedas.
A viagem começa com um “Boa noite” murmurado, seguido de um olhar que diz: “Espero que não sejas daquelas que pede recibo.” E depois, claro, vem a pergunta clássica: “É por aqui, não é?” O Ataque: Subtil como um perfume tóxico Há relatos de condutores que usam perfume com propriedades narcóticas. Sim, leste bem. Um sprayzinho no ar e a cliente começa a ver unicórnios a dançar o vira. O plano? Rapto. O método? Eau de Tráfico Humano. Mas atenção: nem todos os condutores são vilões. Alguns são apenas incrivelmente incompetentes. Há quem tente raptar uma cliente e acabe por deixá-la no Continente de Mem Martins porque o GPS “bugou”. A Segurança: Um conceito opcional A Uber garante que todos os condutores são verificados, licenciados e respiram com regularidade. Mas quando pedes ajuda à aplicação, ela responde com um emoji triste e uma sugestão de playlist relaxante. Quer reclamar? Boa sorte. O botão “Ajuda” leva-te a um labirinto digital onde acabas por comprar um Uber Eats sem querer. E se tentares ligar para alguém? Só há um número: o do condutor, que está ocupado a tentar vender-te um curso de dropshipping. As Clientes: Guerreiras com GPS e Spray de Pimenta As mulheres que usam Uber em Portugal já sabem: partilhar localização, fingir que estão ao telefone e levar um sapato afiado são medidas básicas. Algumas até fazem o percurso com o Google Maps aberto, só para garantir que não vão parar a uma zona industrial em Loures. Há quem tenha desenvolvido técnicas ninja: sair do carro em movimento, fingir que está a vomitar ou simplesmente gritar “Sou da PSP!” com convicção suficiente para assustar até um condutor com cadastro. O Final da Viagem: Avaliação com Emoção Chegas ao destino (ou a um sítio que parece o destino) e tens de avaliar o condutor. Dás 1 estrela, claro. Mas ele dá-te 5. Porque, no fundo, foi uma experiência intensa. Uma espécie de speed dating com adrenalina e travagens bruscas. E depois vem a pergunta: “Gostaria de deixar uma gorjeta?” Sim, claro. Uma gorjeta para o sistema judicial, para ver se alguém investiga este festival sobre rodas. Conclusão Andar de Uber em Portugal é como jogar à roleta russa com cinto de segurança. Pode correr bem, pode acabar com uma história para contar no tribunal. Mas uma coisa é certa: nunca mais vais entrar num carro sem verificar se o condutor tem cara de quem já fez parte de um gangue de motards.
INDEX CULINARIUM XXI, Divulgação Global