PROCURA NO PORTAL DAS COMUNIDADES
União Europeia... Tão Amigos Que Éramos... Por Carlos Lopes, editor do projeto O Sonho Europeu de Um Jovem Português Confesso que, ainda antes da CEE (Comunidade Económica Europeia) se tornar realidade para Portugal, já me sentia profundamente europeísta. Os GNR cantavam nas rádios o desejo de um país mais integrado, mais livre, mais moderno. E eu, entre discos da Nina Hagen e o rock francês dos Téléphone ou dos irreverentes Trust, deixava-me contagiar por uma Europa cultural, diversa, vibrante. Acreditava, de forma genuína, que "juntos somos mais fortes". E que essa pertença a uma comunidade de países poderia ser a alavanca que Portugal tanto precisava — um país recém-saído de uma ditadura, a dar os primeiros passos na democracia e a lutar por um lugar num mundo moderno. 1986: Entrámos na Europa com o Sonho às Costas E lá fomos nós, quase às costas dos nossos vizinhos espanhóis, entrar oficialmente na CEE em 1986. Com apoios financeiros, fundos estruturais, programas de coesão, vimos nascer estradas onde antes havia caminhos de terra. Construíram-se fábricas, armazéns, modernizaram-se infraestruturas, e parecia que finalmente estávamos a caminhar para algo maior. É verdade que, à boleia do progresso, também se desenvolveu a corrupção, a má gestão, os projectos fantasma. Mas, na altura, o balanço era positivo. A Europa parecia funcionar. A moeda única, o tão temido euro, aproximou-nos ainda mais — apesar de todos os receios iniciais. A minha alma europeia, como a de tantos outros, cresceu. Fomos todos amadurecendo, encantados com a promessa de uma Europa unida, solidária, visionária. Bruxelas: Uma Torre de Marfim Desligada da Realidade Mas os anos passaram. E, com eles, veio o peso de uma burocracia pesada, distante, centralista. Bruxelas começou a impor normas, regras e diretrizes que nem sempre faziam sentido nas realidades de cada país. Aquilo que era para ser uma união começou a parecer-se com uma imposição uniforme, quase ao estilo da antiga economia planificada da URSS. A diversidade dos países parecia ser ignorada em nome de uma ideia de eficiência... que se revelou, muitas vezes, um fracasso. A Europa dos povos começou a dar lugar à Europa dos números. E o sonho começou a esmorecer. A Chuva Forte Que Deitou o Castelo de Areia Abaixo O verdadeiro rosto da União Europeia revelou-se, sem piedade, nos últimos anos — sobretudo durante a pandemia de COVID-19 e os desafios que se lhe seguiram. Quando mais precisávamos de união, de estratégia comum, de força partilhada, cada país seguiu o seu caminho. Os tratados de Lisboa, Schengen, as promessas de solidariedade... tudo isso foi esquecido num cenário de “salve-se quem puder”. As respostas à pandemia foram descoordenadas, caóticas. Vacinas atrasadas, políticas contraditórias, fronteiras a abrir e fechar ao sabor do medo. E, se houve uma oportunidade de mostrar ao mundo a força de uma Europa unida… essa oportunidade foi tristemente desperdiçada. O Desencanto de Um Europeu Convicto Como tantos outros portugueses, senti-me desiludido. Não porque não reconheça os méritos desta Europa — que, em muitos aspetos, ainda é melhor do que a alternativa do isolamento — mas porque acreditei realmente numa ideia que já não vive nas instituições que a deviam defender. A invasão russa da Ucrânia em 2022, a crise energética, a escalada do custo de vida, os fluxos migratórios mal geridos, tudo isso veio reforçar uma sensação: a Europa está unida apenas quando convém… e mesmo assim, pouco. A resposta à crise climática é tímida. A desigualdade entre países do norte e do sul persiste. E a promessa de uma Europa solidária, justa e moderna parece cada vez mais uma miragem. E Agora? O Que Nos Resta? Não podemos continuar a fingir que tudo está bem. Porque não está. A Europa tem de se reinventar. Tem de se recentrar nos seus valores fundadores, tem de ouvir mais os povos e menos os lobbies, tem de criar soluções ajustadas à diversidade cultural, económica e social dos seus membros. Tem de parar de olhar para o sul da Europa como o primo pobre, e para o leste como um problema temporário. Acima de tudo, tem de aprender com os erros — e a pandemia foi o maior de todos os testes falhados. Milhões à Espera... Mas a União Continua Adiada E agora, enquanto nos falam de milhões de euros de fundos de recuperação, observamos os mesmos de sempre a tentarem dividir o bolo entre si, esquecendo que este dinheiro existe para reconstruir, não para enriquecer os de sempre. A Europa que me fez sonhar já não é esta. Mas talvez ainda esteja algures, à espera de ser resgatada da tecnocracia, da indiferença, da falta de visão. Porque enquanto continuarmos a olhar para o nosso umbigo nacional, vamos falhar como união. E a verdade é esta: sem verdadeira união… não há Europa. |
PROCURA NO PORTAL DAS COMUNIDADES
OFioDaNavalha, crónicas para usares e abusares... copia, altera, faz tuas as palavras... |
|
Outro dia... Outro lugar |
|
A casa às costas |
|
Coisas que não digo |
|
Onde fui... quando desapareci |
|
A pele que se veste... |
|
O homem livre |
|
O Senhor Contente |
|
Sobre a vaidade |
|
Sobre perguntas e respostas |
|
Banal realidade |
|
O soldadinho de chumbo |
|
O circo de feras |
|
Se... houver justificações |
|
Sobre marcas nas paredes |
|
O mar sem sal |
|
Outubro e os sonhos |
|
Derrotas |
|
Cuida dos teus talentos... |
|
Ser ou não ser... |
|
A vida acontece todos os dias... |
|
A arte de ser feliz! |
|
A força de acreditar... |
|
Sobre as perdas de tempo... |
|
Os dias diferentes... |
|
Dias vazios |
|
As palavras soltas... |
|
Impossivel fazer alguém feliz... |
|
As PALAVRAS... |
|
Hoje é o melhor dia de sempre... |
|
Entre nascer e morrer... |
|
Quando tudo é pouco... |
|
A teia... |
|
O significado da felicidade... |
|
Sobre medos no caminho... |
|
|
|
O Super Homem versão 2020... |
|
O manual de instruções... |
|
O princípio é o fim! |
|
A ilha deserta... |
|
A culpa... |
|
O fio da navalha |
|
Outro dia … outro lugar... |
|
A força de acreditar ou não... |
|
Tempos passados... |
|
Os intocáveis... |
|
Decide-te... agarra a tua vida... |
|
O fogo que arde em ti... convicção ou convencido! |
|
Hoje é o meu melhor dia de sempre |
|
Ajuste de contas... |
|
Não me roubem o mar... |
|
Esperas e outras horas vazias... |
|
|
“A Água É Mole A Pedra É Dura”, crónicas de opinião... deixa-nos a tua também... |
|
ÁguaMoleEmPedraDura... Opinião! |
|
As Rotas da Seda! |
|
A China dos anos 20 do século XXI |
|
A China dos anos 00 do século XXI |
|
A China dos anos 80 do século XX |
|
Imparáveis e Implacáveis... o barato às vezes sai caro |
|
Dinheiro contra o bom comportamento... |
|
A guerra da água... |
|
Uns agonizam... outros fazem a festa... |
|
Os campeões das vacinas! |
|
União Europeia... tão amigos que éramos... |
|
Sobre felicidade... |
|
As palavras... |
|
Hoje é o melhor dia de sempre... |
|
Entre nascer e morrer... |
|
Quando tudo é pouco... |
|
A teia... |
|
O significado da felicidade... |
|
Sobre medos no caminho... |
|
|
|
Deixa-me rir... o dia-a-dia com graça |
DEIXA-ME RIR, crónicas de gozo com os cenários à nossa volta... |
O Portugal real ou surreal |
Corrupção... o desporto nacional |
A cabeça na mochila |
Aventura UBER em Portugal |
O Benfica e o VAR |
Americanos... só com Ketchup |
A galinha existencialista |
A Suíça terra de sonhos |
O homem livre |
O Senhor Contente |
Sobre a vaidade |
Sobre os nosssos vizinhos... |
Banal realidade |
O soldadinho de chumbo |
O circo de feras |
Se... houver justificações |
Sobre marcas nas paredes |
O mar sem sal |
Outubro e os sonhos |
Derrotas |
Cuida dos teus talentos... |
Ser ou não ser... |
Escritor Ademir Ribeiro da Silva Culinarium XXI divulgação global HUMOR Humor,sabedoria popular... frases feitas... INFO Programa REGRESSAR 2023 Aspetos fiscais do investimento em Portugal Requisitos necessários para exercicio da atividade comercial em Portugal Acordo CH-EU sobre a livre circulação de pessoas. A troca de informações fiscais entre Portugal e o estrangeiro A compra imobiliária em Portugal A legalização de viaturas para quem regressa da Suíça Portugal is cool
INDEX CULINARIUM XXI, Divulgação Global