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O Mar Sem Sal Ondas Que Ainda Te Envolvem Ainda te envolvem as ondas do mar. Lá em baixo, na praia, ele espera — sem pressa, sem pressões, quase indiferente à tua presença. O mar não tem urgência em aturar-te, e talvez seja por isso que o procuras: ele é paciente onde tu és inquieto. Em conversas vazias, de palavras que se desfazem como espuma, adias os dias das decisões. Ficas, simplesmente, à espera que a maré faça o trabalho por ti. Mas, como sempre, a maré baixa. E o mar afasta-se. E, quando ele recua, leva contigo uma parte que nem tu sabias que estavas disposto a perder. A Distância e as Ilusões Há distâncias que não se medem em metros, mas em silêncios. Perdes o fio à meada, preso a ilusões gastas, de décadas, que já não brilham como antes. Finges que não vês o óbvio: o final está próximo. E, mesmo assim, há um pedaço de ti que resiste a acreditar. Como se um mês qualquer de outubro não pudesse ser o último. Como se o princípio do fim não tivesse já começado, uma vez, e tu não tivesses sentido o chão a fugir-te dos pés. O Mês dos Recomeços Mas outubro… outubro é diferente. É o mês em que as coisas acontecem. Não é o calendário que o diz — é a vida. É em outubro que se dá vida aos sonhos mais antigos, que se aguenta a noite de outras noites, e que se parte, com coragem, para novas aventuras. Outubro é como uma segunda oportunidade, um renascimento em pleno outono. E, por isso, sim: é preciso dar graças a Deus. Porque em outubro a alma muda de cor, como as folhas. Porque há uma energia estranha que te empurra para a frente, mesmo que não saibas para onde. O Sabor a Sal Sabe a sal o peixe que partilhas no prato, num momento de cumplicidade ao pôr-do-sol. É um sal que não vem apenas do mar, mas do peso da história partilhada, da conversa que não precisa de muitas palavras. As intimidades expostas naquele instante ficam gravadas. Primeiro, no silêncio que a chuva e as nuvens impõem. Depois, porque tu queres que fiquem assim: guardadas, intocadas, longe do ruído do mundo. Há memórias que precisam de ser protegidas. Não porque sejam frágeis, mas porque são preciosas demais para serem expostas. Promessas e Ilusões Arrastar os dias com promessas que não se cumprem não cabe na tua história. Já não há espaço para ilusões que servem apenas para adiar o inevitável. Decisões empurradas para amanhã são como barcos que nunca saem do porto: enferrujam, partem-se, afundam-se na própria espera. O mar, quando perde o sal, perde também a vida. E tu… perdes a tua essência se continuares a ignorar o que te dói. Há enganos e traições que queres esquecer, mas o esquecimento não vem por decreto. Vem quando se decide avançar. O Mar Que Se Afasta O mar afasta-se sempre. É o seu movimento natural. Mas há um detalhe que esquecemos: ele volta. Sempre. E talvez seja isso que te prende — essa certeza de que o que parte pode regressar. O problema é que nem sempre volta igual. A maré pode trazer de volta um mar mais frio, mais bravo, ou carregado de detritos que não reconheces. E, por vezes, é preciso coragem para admitir que o mar que volta já não é o mesmo que te envolveu. O Peso das Decisões As decisões que adias não se evaporam. Ficam à tua espera, como conchas presas na areia. Quanto mais tempo passam ali, mais difíceis se tornam de apanhar. Adiar é uma forma de dizer "não" sem ter de assumir. Mas a vida não espera. E o mar, com ou sem sal, não vai parar para que tu escolhas. Ou avançamos com ele, ou ficamos para trás, na praia, a ver as ondas levarem tudo o que podíamos ter sido. O Sal Que Falta O sal dá sabor. Dá vida. Conserva. Protege. E quando falta, tudo se torna insosso, pálido, sem vontade. Talvez o sal que falta no mar seja o mesmo que falta em ti: a chama de dizer o que é preciso dizer, de largar o que já não serve, de não permitir que o tempo coma o que é teu. O mar sem sal é apenas água. Tu, sem a tua verdade, és apenas sombra. Conclusão: O Chamamento do Mar No fundo, o mar está sempre a chamar-te. Seja com ondas suaves que te acariciam os pés, seja com tempestades que te obrigam a decidir se ficas ou se mergulhas. Outubro lembra-te disso: há momentos em que é preciso entrar no mar, mesmo sem saber nadar. Porque pior do que afogar-se é passar a vida inteira a olhar para a água, com medo de sentir o sal na pele. E, quando voltares a senti-lo — no mar, no prato, na vida — saberás que é aí que está a verdade. Que é aí que começa, de novo, a tua história.
by pedro de melo
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