Os apoios constantes de emigrantes portugueses às corporações de bombeiros


Um dos mais importantes pilares da proteção civil em Portugal, os bombeiros desempenham um serviço fundamental em ações de socorro decorrentes de acidentes rodoviários, combate a incêndios, desastres naturais e industriais, emergência pré-hospitalar e transporte de doentes, assim como abastecimento de água às populações, socorros a náufragos, e inúmeras ações de prevenção e sensibilização junto das populações.



Exemplos de altruísmo e de cidadania, às vezes sem o devido reconhecimento dos poderes políticos, as corporações de bombeiros em Portugal debatem-se constantemente com grandes dificuldades, resultantes da falta crónica de meios financeiros, que em muitos casos entravam inclusive a prestação de serviços essenciais às populações. 



Ao longo dos últimos anos, muitas destas dificuldades e entraves, agravados pelos contextos das crises económicas, têm sido mitigados e ultrapassados graças à generosidade de vários emigrantes portugueses, que um pouco por todo o território nacional são um apoio vital para o funcionamento de corporações e para a prossecução de relevantes serviços prestados pelos bombeiros às populações. 



Os exemplos de apoios constantes de emigrantes às corporações de bombeiros no território nacional são muitos e variados. No decurso do passado mês de fevereiro, por exemplo, dois emigrantes portugueses, bombeiros na Suíça, Filipe Luís e José Luís Páscoa, e um empresário luso com atividade económica na Suíça, José Carlos Teixeira, ofereceram equipamento, no valor económico de 70 mil euros, aos Bombeiros Voluntários de Mondim de Basto, uma corporação localizada no distrito de Vila Real, que atravessa publicamente um período de carência de equipamentos de proteção individual.



Este exemplo de generosidade em prol dos bombeiros, muitas vezes conhecidos como “Soldados da Paz”, tem sido o lema de vida do emigrante luso Fernando Ribeiro, um ex-bombeiro, com casa em Amarante, cidade do distrito do Porto, e radicado na Suíça há mais de quarenta anos. Desde 2003, quando um incêndio quase cercou a sua habitação em Amarante, Fernando Ribeiro ajudou mais de uma dezena de corporações de bombeiros, através do reencaminhamento para Portugal de material usado e seminovo, como por exemplo, equipamentos completos de proteção individual, incluindo casacos, calças, botas, luvas, capacetes e outro tipo de material pesado, como mangueiras, reboques, pás, agulhetas, motobombas e escadas, estimado no valor de três milhões de euros.



Entre as várias corporações do norte e centro do país apoiadas pelo emigrante em terras helvéticas, a quem a Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto atribuiu a Medalha de Ouro de Mérito, encontram-se Amarante, Póvoa de Varzim, Marco de Canavezes, Vila do Conde, Baião, Leça do Balio, Mesão Frio, Santa Marinha do Zêzere, Felgueiras, Vila Meã, Tondela, Murça, Caldas da Rainha, Vila Franca de Xira e Fafe.



Nesta última cidade minhota, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fafe, cuja génese no alvorecer do séc. XX se encontra ligada à magnanimidade dos emigrantes “brasileiros de torna-viagem”, tem contado nas últimas décadas com o apoio generoso do empresário Manuel Pinto Lopes. Um emigrante fafense radicado em França, que direta ou indiretamente já ofereceu à coletividade uma dezena de viaturas, mormente, veículos para combate a fogos florestais e urbanos, ambulâncias e autoescadas.



Entre os emigrantes portugueses que se têm constituído como genuínos filantropos das corporações de bombeiros, destaca-se também, por exemplo, o empresário de restauração luso-americano, Manuel Carvalho. Quando no verão de 2016, o líder da Fundação “Família Carvalho”, que é natural de Tamengos, concelho de Anadia, e reside nas últimas quatro décadas em Mineola, Nova Iorque, teve conhecimento das dificuldades financeiras dos bombeiros da sua terra natal, rapidamente organizou no início do ano seguinte um evento solidário em prol da coletividade anadiense.



A iniciativa, que decorreu durante um jantar na Churrasqueira “Bairrada”, da qual Manuel Carvalho é proprietário, mobilizou a comunidade luso-americana de Mineola e permitiu a angariação de uma quantia de cerca de 25 mil euros, que foram entregues à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Anadia com o objetivo de auxiliar nas obras do quartel e na aquisição de uma viatura.



Estes notáveis exemplos de generosidade em prol das corporações de bombeiros, e muitos outros que foram ou estão a ser dinamizados no seio das comunidades portuguesas, evidenciam que o contributo dos emigrantes portugueses vai muito além do envio de remessas que têm uma forte influência na economia portuguesa, o seu contributo é igualmente marcante na promoção do progresso social e do desenvolvimento humano nacional. 

 

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