A presença portuguesa no Museu da Imigração do Canadá

O Canadá, uma nação que abrange grande parte da América do Norte e se estende desde o oceano Atlântico, a leste, até o oceano Pacífico, a oeste, alberga uma das mais dinâmicas comunidades lusa que se destaca atualmente pela sua perfeita integração, inegável empreendedorismo e relevante papel económico e sociopolítico.

Conquanto a presença regular de portugueses no território remonte ao início do séc. XVI, a emigração portuguesa para o Canadá começou a ter expressão a partir de 1953. Ano em que ao abrigo de um acordo luso-canadiano, que visava suprir a necessidade de trabalhadores para o sector agrícola e para a construção de caminhos-de-ferro, desembarcaram a 13 de maio em Halifax, província de Nova Escócia, um grupo pioneiro de oitenta e cinco emigrantes lusitanos.

Se entre 1953 e 1973, terão entrado no Canadá mais de 90.000 portugueses, na sua maioria originários dos Açores, estima-se que presentemente vivam no segundo maior país do mundo em extensão territorial, mais de meio milhão de luso-canadianos. Sobretudo concentrados em Ontário, Quebeque e Colúmbia Britânica, representando cerca de 2% do total da população canadiana que constitui um hino ao multiculturalismo.

A dinamização da presença portuguesa no território canadiano tem merecido por parte da comunidade lusa uma especial atenção, como revela a fundação no início do séc. XXI da Galeria dos Pioneiros Portugueses. Um espaço museológico em Toronto, impulsionado no presente pelo comendador Manuel da Costa, que se dedica à perpetuação da memória e das histórias dos pioneiros da emigração portuguesa para o Canadá.

A relevância da presença portuguesa neste território da América do Norte está igualmente patente num dos mais importantes museus nacionais do Canadá, mormente o Museu Nacional da Imigração Canadiano do Pier 21.

Localizado em Halifax, na província da Nova Escócia, no oeste do Canadá, as instalações do Museu da Imigração do Canadá ocupam o Pier 21, um antigo porto com terminal de navios transatlânticos, que funcionou entre 1928 a 1971, e que durante esse período recebeu mais de um milhão de imigrantes. Em 1999, o antigo porto deu lugar ao

Museu da Imigração, sendo que em 2011 tornou-se oficialmente no Museu Nacional da Imigração Canadiano.

Enquanto espaço museológico singular que homenageia o contributo estruturante da imigração no progresso do Canadá e que o catapulta para um dos países mais desenvolvidos do mundo, o Museu Nacional da Imigração Canadiano conserva nas suas variadas coleções inúmeros testemunhos da presença portuguesa no país. Designadamente antigos pertences de emigrantes lusos que chegaram ao Canadá entre 1953 e 1954, como passaportes, fotos de famílias, uma guitarra e roupas, que em parte foram doados pela Casa da Madeira Community Centre.

No espólio do Museu da Imigração do Canadá destaca-se na entrada do núcleo museológico uma escultura em madeira, uma obra de arte que retrata os 500 anos da presença portuguesa no território, e que foi doada em 2003 pelo emigrante luso Maurício Almeida. Assim como, uma garrafa com vinho da madeira aberta, que chegou ao Canadá com o emigrante português Augusto da Silva em 1953, e está identificada como “O que trarias? Quem e o que deixarias para trás?”.

Mais de que um espaço museológico onde estão conservados e expostos objetos sobre o fenómeno migratório, o Museu da Imigração do Canadá reconhece e valoriza na prossecução da sua missão a importância dos imigrantes, como é o caso dos portugueses, na construção do notável mosaico cultural da nação canadiana.

 

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Morgado de Fafe

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O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo.A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente.

 


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