Natal em tempos de pandemia nas comunidades portuguesas

Natal é a festa por excelência da família, da paz, do amor, da alegria, da solidariedade e da esperança num futuro melhor, que este ano a humanidade aguarda ansiosa que marque o fim da malfadada pandemia de coronavírus.

 

Uma pandemia que tem acarretado nas sociedades efeitos devastadores no campo socioeconómico, espelhados em milhares de vítimas e de casos de infeção, assim como generalizadas medidas de confinamento que paralisam a economia e colocam os países às portas de uma recessão sem precedentes.

 

Disseminadas pelos quatro cantos do mundo, as comunidades portuguesas, a mais autêntica e consistente manifestação lusa além-fonteiras, não estão imunes a estes efeitos que alteram transversalmente o nosso quotidiano e rotinas.

 

Efeitos que ao longo dos últimos meses foram responsáveis pelo cancelamento ou adiamento de eventos e iniciativas que integram os planos anuais de atividades do movimento associativo das comunidades portuguesas, e que são em vários casos essenciais para obter receitas que permitam financiarem o seu normal funcionamento. Mas também pelo crescente aumento de relatos de situações de precariedade, perda de rendimentos, desemprego e ameaça de insegurança económica no seio de diversos agregados de emigrantes portugueses.

 

Em França, onde vive a maior comunidade portuguesa de emigrantes, mais de um milhão, o Instituto Nacional de Estatística e de Estudos Económicos gaulês divulgou recentemente que há mais 500 mil desempregados no país, fruto da atual crise económica provocada pela pandemia e que está a afetar muitos compatriotas. Ainda há poucos dias, Ilda Nunes, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Paris (SCMP), uma relevante instituição cuja missão e valores visam a assistência à comunidade portuguesa em França, veiculou publicamente que os pedidos de ajuda aumentaram consideravelmente entre a comunidade portuguesa, mormente entre 25 a 30%.

 

Nesta fase de grandes dificuldades, a comunidade portuguesa em França, à imagem e semelhança de outras comunidades lusas, tem demonstrado um enorme espírito de solidariedade, um dos, senão mesmo, o mais importante valor que nos humanizam e dão sentido ao Natal. E que ao longo dos anos, as comunidades lusas perseveram em manter como umas suas principais matrizes socioculturais, apoiando quer os nossos concidadãos no estrangeiro, assim como os portugueses residentes no território nacional.

 

Foi nesta esteira, que no sábado passado o coletivo “Todos Juntos”, após ter recolhido 15 toneladas de alimentos em junho para a Santa Casa da Misericórdia de Paris, voltou a fazer uma recolha de alimentos na região parisiense para ajudar as famílias apoiadas pela SCMP, e planeia inclusive dinamizar novas iniciativas no próximo ano.

 

É nesta linha de exemplos solidários, que em Toronto, no Canadá, território onde vive e trabalha uma das mais dinâmicas comunidades lusas da América do Norte, ao longo dos últimos tempos a equipa de voluntários liderada por José Dias, Luís Miguel de Castro e Carlos Lopes têm dinamizado a “Food for Thought”. Através da generosidade de vários estabelecimentos e figuras gradas da comunidade luso-canadiana, o grupo de voluntários têm conseguido distribuir “alimento para a alma” de vários agregados de concidadãos que por estes dias vivem com mais dificuldades.

 

Estes exemplos inspiradores de solidariedade, e muitos outros que estão atualmente a serem dinamizados no seio das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, reforçam que o Natal, mesmo em tempos de pandemia, é uma época de esperança, de ainda mais união e de solidariedade.

 

Que esta esperança, união e solidariedade que emana das comunidades portugueses, nos irmane a todos a tornar o mundo um lugar melhor, em que nas noites frias de Inverno o calor da esperança, da união e da solidariedade aqueça os nossos corações, e nos guie nestes tempos conturbados e desafiantes no rumo da alegria, da saúde, de uma feliz quadra natalícia e um próspero ano novo.

 

Autor:

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O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo.A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente.

 


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