a chave da natureza

AGRICULTURA, ANO 2050... o futuro o dirá...

Quando olhamos para o mapa da agricultura mundial, não vemos apenas tractores, estufas e moléculas. Vemos poder. Vemos dados. Vemos o futuro da comida que chega – ou não – ao nosso prato.
Estas empresas não são apenas “fornecedores”: são arquitectas silenciosas do sistema alimentar. E é sobre esse lado visível e invisível que vale a pena refletir.

Deere & Company – Quando o ferro ganha memória

A Deere tornou-se o símbolo do “ferro inteligente”. Não é apenas quem vende tratores verdes; é quem constrói um ecossistema fechado de máquinas, sensores, software e dados. A estratégia é clara: dominar a camada física e a camada digital da exploração agrícola, desde o plantio à colheita, com tecnologias de agricultura de precisão que prometem usar menos água, menos fertilizante e menos químicos, mantendo ou aumentando a produção.

Hoje, a Deere fala de metas de sustentabilidade, menor pegada de CO₂ e apoio à agricultura regenerativa, posicionando as suas máquinas como ferramentas para coberturas vegetais, aplicação ultra-precisa de insumos e redução de desperdícios. Ao mesmo tempo, investe pesado em IA, conectividade e automação, com uma visão: um campo onde cada centímetro é medido, previsto e monetizado.

Mas há uma tensão que não podemos ignorar. Quando a máquina fica “inteligente”, os dados deixam de ser do agricultor? O futuro da Deere parece caminhar para um modelo em que o valor está menos no trator e mais no algoritmo – subscrições de software, serviços de dados, upgrades digitais. Para muitos agricultores, isso abre novas possibilidades… e novas dependências.

A grande pergunta é esta: quem controla a narrativa da eficiência? Se as decisões no campo passam, cada vez mais, por uma API no Illinois, o risco é que o agricultor se torne utilizador de um sistema que não escreveu. A Deere pode ser uma aliada poderosa da agricultura regenerativa – ou o guardião de um “jardim murado” digital onde a porta de saída é cara.

Novonesis – A biologia como estratégia industrial

A Novonesis nasce da fusão da Novozymes com a Chr. Hansen em 2024, criando um gigante mundial de “biosolutions” – enzimas, microrganismos, probióticos – para alimentação, energia e agricultura. Na agricultura, a aposta é clara: substituir parte da química tradicional por soluções biológicas que prometem melhor saúde do solo, maior eficiência e menos impacto ambiental.

Nos relatórios e anúncios recentes, a empresa sublinha o crescimento da área de “Planetary Health Biosolutions”, onde a agricultura, energia e tecnologia aparecem lado a lado, com um foco em soluções que conciliem produtividade e sustentabilidade. A narrativa é sedutora: alimentar e abastecer o mundo de forma mais limpa, usando ciência de ponta.

Mas também aqui há ambivalência. Estas biosoluções são, muitas vezes, baseadas em microrganismos modificados e plataformas tecnológicas altamente proprietárias. A promessa de “bio” pode, em parte, esconder uma nova forma de dependência tecnológica, ainda mais invisível do que a dependência de químicos de síntese.

No futuro, é provável que a Novonesis se torne um dos maiores “fornecedores de microbiomas” do sistema agroalimentar: inoculantes, biostimulantes, estabilizadores de nitrogénio, soluções para carbono no solo. A questão é se esta biologia será posta ao serviço da autonomia dos agricultores e da diversidade de sistemas… ou se servirá sobretudo para encaixar o velho modelo de monocultura numa roupagem mais aceitável.

Local Bounti – Estufas de vidro e betão, hortas de silício

A Local Bounti é um símbolo da agricultura de ambiente controlado (CEA): estufas tecnológicas que produzem alfaces, ervas e folhas em sistemas híbridos entre vertical farming e hidroponia, usando a sua tecnologia “Stack & Flow”. A visão é produzir perto dos centros urbanos, com pouca água, quase sem pesticidas, e com “food miles” mínimos.

A estratégia assenta em escala e marca: operar múltiplas unidades de produção, abastecer dezenas de milhares de pontos de venda e transformar a “salada local” numa categoria industrial.

Há algo de inspirador nisto – a ideia de reaproximar a cidade da produção de alimentos frescos, com um controlo fino de recursos.

Mas também há um risco subtil: substituir o agricultor local por uma infraestrutura de aço, vidro e capital intensivo. A horta urbana que cabia numa varanda passa a caber num “data center verde” às portas da cidade, propriedade de uma corporação cotada.

No futuro, empresas como a Local Bounti podem ser peça importante num mosaico mais resiliente – sobretudo para hortícolas de ciclo curto. Mas se deixarmos que este modelo se torne a única narrativa de “sustentabilidade”, corremos o risco de esquecer os solos vivos, as paisagens agrícolas e a cultura rural que não cabem num contentor iluminado a LED.

Amoéba – A coragem de dizer “e se o fungicida fosse um organismo?”

A francesa Amoéba é uma greentech improvável: constrói soluções de biocontrolo a partir de uma ameba, Willaertia magna C2c Maky, criando um lisado celular que funciona como alternativa biológica a fungicidas tradicionais. Em 2025, a substância ativa recebeu aprovação da UE, e a empresa ganhou o Bernard Blum Gold Medal para a solução de biocontrolo mais promissora do mundo.

A estratégia é nítida: apostar num nicho altamente inovador e depois escalar através de parcerias com gigantes como Syngenta e Koppert, para levar esta tecnologia a grandes culturas na Europa e Reino Unido. A Amoéba não quer ser apenas mais uma empresa de biológicos; quer reescrever o que entendemos por “fungicida”.

Do ponto de vista emocional, há aqui uma história bonita: uma pequena empresa, nascida em Lyon, que se atreve a propor uma solução radicalmente diferente num mercado de proteção de plantas dominado por colossos. Mas também há vulnerabilidade: depender de regulamentações, de aceitação dos agricultores, e de acordos com parceiros muito maiores.

No futuro, se os seus produtos forem eficazes e economicamente viáveis, a Amoéba pode provar que é possível reduzir drasticamente o uso de químicos sintéticos sem sacrificar rendimento. A pergunta é se conseguirá manter autonomia suficiente para não se tornar apenas um “laboratório externo” de gigantes agroquímicos.

Village Farms – Do tomate à canábis, sempre em vidro

A Village Farms construiu décadas de experiência em estufas de alta tecnologia para produção de hortícolas frescos, e tem vindo a redirecionar parte desta capacidade para canábis de alto valor, mantendo simultaneamente activos na produção de vegetais e um portefólio CPG (produtos de marca).

A estratégia é pragmática: usar a mesma base – conhecimento em estufas, operação, distribuição – para atacar mercados mais lucrativos, mantendo alguma opcionalidade na produção de alimentos frescos. A empresa continua a destacar qualidade, inovação e sustentabilidade como pilares do seu posicionamento.

Em termos emocionais, há aqui um espelho desconfortável: quando o sistema alimentar não paga adequadamente a produção de tomates, pimentos e pepinos, o agricultor de alta tecnologia migra para culturas mais rentáveis, nem sempre alimentares. O capital segue a margem. A comida… fica para segundo plano.

No futuro, a Village Farms pode ser exemplo de como estufas industriais se tornam “activos flexíveis” para o agro-negócio – hoje tomates, amanhã canábis, depois produtos farmacêuticos. Isso pode fortalecer a empresa, mas deixa a sociedade com uma questão: quem garante a continuidade do abastecimento de hortícolas básicos quando o mercado empurra na direção oposta?

CNH Industrial – Ferro e código sob a mesma pintura vermelha ou azul

A CNH Industrial, dona de marcas como Case IH e New Holland, posiciona-se hoje como uma empresa que “funde ferro e tecnologia”: maquinaria pesada integrada com precisão, autonomia, conectividade e, mais recentemente, conectividade via satélite (parceria com Starlink).

O plano estratégico é claro: aumentar as margens do segmento agrícola através de tecnologia própria de precisão, reforçando P&D e integrando camadas digitais nos equipamentos, com metas ambiciosas de margem até 2030. Ao mesmo tempo, enfrenta um ciclo de baixa na procura por máquinas grandes, cortando produção e ajustando previsões de lucro.

Ao nível humano, vemos agricultores entre dois mundos: muitos ainda a pagar o último trator, enquanto o próximo já vem com promessas de autonomia e “kits” de retrofitting para transformar máquinas antigas em plataformas de precisão. CNH quer ser essa ponte, oferecendo soluções que permitem adotar tecnologia sem renovar todo o parque.

No futuro, a empresa terá de equilibrar o discurso de inovação com a realidade de agricultores sob pressão de preços, clima e dívida. Se conseguir usar a tecnologia para reduzir custos reais e riscos, poderá ser um aliado importante. Se a usar sobretudo como mecanismo de extração de valor via licenças e subscrições, arrisca-se a ser vista como mais uma camada de peso sobre os ombros de quem já vive no fio da navalha.

Bayer (Crop Science) – Entre a herança química e a promessa regenerativa

A divisão Crop Science da Bayer está no centro de várias tensões: é um dos maiores actores globais em sementes e proteção de culturas e, ao mesmo tempo, tenta posicionar-se como líder em agricultura regenerativa e digital. Investe em plataformas como Climate FieldView e em sistemas de agricultura digital que recolhem e analisam dados do campo para decisões mais precisas.

A estratégia recente enfatiza metas de redução de pegada climática, menor impacto ambiental dos produtos e apoio à adoção de práticas regenerativas, com programas de carbono e ferramentas digitais como alavancas. Ao mesmo tempo, enfrenta reestruturações internas e cortes de postos de trabalho na Alemanha, pressionada por concorrência de genéricos asiáticos e exigências regulatórias.

Emocionalmente, é difícil olhar para a Bayer sem sentir ambivalência: por um lado, o histórico pesado em controvérsias; por outro, a capacidade real de influenciar milhões de hectares se mudar de rumo. A digitalização que propõe pode tanto capacitar agricultores como reforçar dependências de plataformas proprietárias.

O futuro da Bayer em agricultura será definido por quão genuína for a transição: continuará a viver de volumes de herbicidas e inseticidas clássicos com um verniz digital… ou aceitará redesenhar o seu modelo de negócio em torno de serviços, biodiversidade e resultados de longo prazo para solo e água?

Kubota – Tecnologia “do tamanho certo”

A Kubota, muitas vezes associada a tratores de menor porte, reforça hoje a visão de “Smart Farming. Sized Right.” – um ecossistema de soluções pensadas para explorações pequenas e médias, com foco em automação, sustentabilidade e conectividade.

Na Europa e na Ásia, isto é particularmente relevante: são precisamente as explorações familiares, de menor dimensão, que muitas vezes ficam para trás na corrida tecnológica. A Kubota parece querer ocupar este espaço, oferecendo soluções de agricultura inteligente que não exigem hectares infinitos nem orçamentos de multinacional.

Do ponto de vista humano, há algo reconfortante nesta estratégia: a ideia de que a tecnologia pode ser “ajustada” ao tamanho do campo e não apenas ao tamanho da carteira. Mas a pergunta permanece: esta “democratização” de smart farming será acompanhada por modelos de negócio que respeitem a autonomia do agricultor, ou replicará, em menor escala, as mesmas lógicas de licenciamento e bloqueio de dados?

O futuro de Kubota na agricultura pode ser o de um aliado dos pequenos e médios agricultores na transição para práticas mais sustentáveis – se resistir à tentação de copiar o modelo de “walled garden” dos gigantes.

Parrot – O olhar aéreo que vê o que o solo não conta

A Parrot é conhecida pelos seus drones profissionais, como os modelos ANAFI usados em múltiplas aplicações, incluindo agricultura de precisão: inspeção de culturas, mapeamento com câmaras RGB e térmicas, análise de vigor e stress hídrico.

A estratégia passa por oferecer plataformas de drones robustas e conectadas (4G, SDKs, soluções de software), que outras empresas e integradores podem adaptar a casos específicos – agronomia, viticultura, monitorização de irrigação. Em vez de ser “a empresa da agricultura”, Parrot quer ser a infraestrutura aérea que outros usam para criar serviços.

Para o agricultor, a promessa é clara: ver o campo como nunca antes, antecipar problemas, poupar insumos. Mas há também o risco de sobrecarga de informação e dependência de serviços externos para interpretar os dados.

No futuro, os drones serão provavelmente tão banais como o pulverizador. A questão é: quem controla o pipeline completo da informação – da imagem captada ao algoritmo que decide onde aplicar fungicida? Se Parrot e parceiros encontrarem formas abertas e acessíveis de partilhar esta tecnologia, podem ajudar a devolver capacidade de observação ao agricultor, em vez de a capturar.

AGCO – “Farmer-First” como estratégia competitiva

A AGCO assume um discurso muito claro: “Farmer-First”. A empresa constrói um portefólio de marcas (Fendt, Massey Ferguson, Valtra, PTx, etc.) e soluções de precisão focadas em dar ao agricultor controlo e escolha, incluindo tecnologias retrofit que funcionam em frotas mistas.

A estratégia é criar valor onde o agricultor realmente sente: eficiência no uso de insumos, conforto e produtividade das máquinas, ferramentas de precisão acessíveis. Os investimentos em PTx e em test farms dedicadas a práticas sustentáveis vão nesse sentido.

Do lado emocional, a AGCO tenta posicionar-se como “o amigo grande”: suficientemente poderosa para inovar, mas com uma narrativa de proximidade e escuta. A grande prova será sempre esta – quando surgir conflito entre maximizar retorno para accionistas e maximizar autonomia do agricultor, quem ganha?

No futuro, se mantiver o foco em soluções abertas, compatíveis e escaláveis, a AGCO pode ser um contrapeso interessante à tendência de ecossistemas fechados. Se ceder à tentação de capturar dados e bloquear interoperabilidade, torna-se apenas mais um actor num concerto de gigantes.

BASF (Agricultural Solutions) – A divisão que quer um palco próprio

A unidade Agricultural Solutions da BASF é um dos maiores actores globais em proteção de culturas, sementes e soluções digitais, e prepara-se para um IPO separado até 2027, ganhando maior autonomia estratégica.

A estratégia combina quatro eixos:
  • Química avançada (novos modos de ação, produtos mais seletivos);
  • Sementes e melhoramento vegetal, incluindo variedades resistentes e híbridos;
  • Ferramentas digitais para gestão de campos e carbono;
  • Metas de sustentabilidade: reduzir emissões por tonelada de cultura, aumentar o peso de soluções com contribuição positiva para sustentabilidade, expandir tecnologias digitais para centenas de milhões de hectares.
Emocionalmente, a BASF representa o lado industrial e pesado da agricultura moderna – com todas as suas contradições. Pode ser parte da solução para adaptação climática e eficiência… ou perpetuar um modelo intensivo que empurra os custos ambientais para o futuro.

O futuro da BASF Agro dependerá de quanto espaço der à verdadeira co-criação com agricultores, cientistas independentes e comunidades, e não apenas a programas de marketing verde. A sua escala é assustadora – mas também é essa escala que pode mudar muita coisa, se a direção for a certa.

Hydrofarm – O “backstage” da agricultura em ambiente controlado

A Hydrofarm é menos conhecida do grande público, mas muito conhecida de quem monta estufas, salas de cultivo e instalações de CEA. É fabricante e distribuidora de equipamentos de hidroponia, iluminação, controlo climático e nutrientes para agricultura de ambiente controlado.

A estratégia passa por ser o fornecedor “one-stop-shop” para quem quer produzir em ambiente fechado, seja hortícolas, flores ou outras culturas de alto valor. Em vez de fazer marketing ao consumidor final, fala com produtores, integradores, engenheiros.

No plano humano, Hydrofarm encarna esta deslocação da produção agrícola para espaços cada vez mais técnicos, quase laboratoriais. A figura do agricultor transforma-se em gestor de sistemas, técnico de iluminação, analista de parâmetros.

No futuro, será um actor chave se a produção em CEA aumentar. A questão, novamente, é a mesma: a tecnologia vai servir para criar sistemas locais, resilientes, possivelmente cooperativos… ou para concentrar ainda mais a produção em grandes operadores com acesso a capital, energia barata e contratos longos com a distribuição?

Biotalys– A precisão no invisível

É uma empresa belga de agrotech que desenvolve biocontrolo baseado em proteínas (AGROBODY™), incluindo um biofungicida de nova geração.

A estratégia é fascinante: usar anticorpos derivados de lamas (sim, lamas) para criar moléculas que reconhecem e neutralizam patogénios específicos, oferecendo proteção às culturas com um perfil toxicológico muito mais suave e menor risco de resíduos. A parceria com empresas como a Kwizda Agro e Syngenta mostra a ambição de escalar rapidamente estas soluções.

Em termos emocionais, Biotalys conta uma história de ciência altamente sofisticada posta ao serviço de algo muito simples: evitar que um fungo destrua uma colheita. No entanto, também nos lembra como a agricultura se está a afastar de conhecimentos tradicionalmente campestres (rotação, diversidade, manejo do solo) para soluções cada vez mais moleculares.

O futuro da Biotalys pode marcar uma transição em que a protecção de culturas se torna mais específica, menos tóxica e mais alinhada com a saúde do solo. Mas será crucial que estas tecnologias não substituam – e sim complementem – práticas agronómicas que reduzam a necessidade de intervenção.

Outros arquitectos do sistema: Syngenta, Corteva, Yara, Trimble…

Seria impossível falar de “empresas dominantes” sem, pelo menos, mencionar:
  • Syngenta Group, a investir milhares de milhões em inovações sustentáveis, biológicos e sementes de alto desempenho, prometendo maior produtividade com menor impacto, enquanto enfrenta ciclos de mercado difíceis e desafios geopolíticos.
  • Corteva Agriscience, com metas até 2030 para melhorar a saúde do solo em milhões de hectares, reduzir emissões e assegurar critérios de sustentabilidade para todos os novos produtos.
  • Yara International, gigante dos fertilizantes, a redesenhar-se como actor da transição climática, investindo em fertilizantes de baixa pegada, amónia verde e parcerias para descarbonizar cadeias alimentares – enquanto é alvo de críticas pelo uso de amónia ligada a gás de xisto.
  • Trimble e PTx Trimble, que fornecem a “cola digital” – guiamento, gestão de dados, posicionamento – que permite que máquinas de várias marcas se tornem plataformas de precisão conectadas.
Todos eles partilham a mesma grande narrativa: produzir mais, com menos insumos, num planeta em crise climática. A diferença está em como definem “menos” e quem controla as ferramentas.

E nós, onde ficamos?

Quando olhamos para este mosaico de Deere, Novonesis, Local Bounti, Amoéba, Village Farms, CNH, Bayer, Kubota, Parrot, AGCO, BASF, Hydrofarm, Biotalys e outros, percebemos que o campo já não é apenas campo. É laboratório, é servidor, é marketplace.

A reflexão que fica, talvez, é esta:
  • Se o futuro da agricultura for decidido apenas por conselhos de administração e algoritmos, perderemos algo essencial – a relação viva entre pessoas, solo, água e território.
  • Se conseguirmos trazer agricultores, comunidades, cientistas independentes e consumidores para o centro destas decisões, talvez estas mesmas empresas possam ser ferramentas poderosas de transição ecológica.
O desafio, para todos nós, é não sermos apenas espectadores.
Porque, no fim, o que está em jogo não é apenas a estratégia destas empresas.
É o que ficará – ou não – sobre a mesa das próximas gerações. myfoodstreet.pt 2025

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